quinta-feira, 18 de junho de 2009

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Então. Digamos que mesmo mínima eu possuo uma certa experiência em cursos . Inglês, flauta, dois cursos trancados e um em curso.

É. Direito eu até gostava. Juro. Ainda tirava as melhores notas da sala. Mas o terninho diário e aquela formalidade toda tiravam meu tesão, além, claro, o fato do meu professor ser mais corrupto que o cliente dele.

Publicidade prefiro nem comentar porque entrei e saí dali sem saber exatamente a diferença entre folder, flyers e filipetas.

Ah tá. Esquecí da flauta. Acho que até hoje sei tocar a música do Titanic. Óbvio. Sem os Sibemois.


Eis que aparece a luz no fim do túnel e o jornalismo entra na minha vida. Assim, sem pedir licença nem nada.

Desde pequena eu gostava de ler. Acho que no começo poderia se trocar o verbo gostar pelo forçar. Melhor assim: Desde pequena eu era forçada a ler. Então. Minha tia professora descarregava aqueles trocentos livros aqui no meu quarto. Então era preferível eu ler e ganhar parabens que juntar e guardar aquela mini biblioteca toda e ainda ouvir bronca.

E foi assim que mesmo com a miopia e socos no estômago eu aprendí a gostar de ler. E gostei mesmo.


Entrei no curso de jornalismo. Nunca no começo do primeiro periodo eu sentí aquela coisa sabe. Aquela tal de vocação chamando. E o momento foi incrível. Ela me chamou. Fui até ela. Depois daquilo comecei a acreditar em amores a primeira vista. Nos abraçamos e a partir daí começamos uma linda história que duraria até,.. até. Até ontem,né! Com aquela maldita "filhadamãe" daquela lei.


Gente. Gente! Estou revoltada, amargurada, estressada e mais um monte de "ada" aí.

Tudo bem que a desculpa para abandonar o Direito foi falar pro meu pai que poderia até continuar, porém, que pinduraria o diploma na sala de estar para ele mostrar para todo mundo e só. Desde então nunca pensei que poderia voltar a falar do tal diploma. E desta vez, tão bem.


Como dizem uns aí o diploma realmente não é garantia de sucesso. Também concordo quando dizem que se as pessoas estivessem realmente preocupadas com o conhecimento nem ligariam para um simples canudo. Concordo. Concordamos. Mas então o advogado, o administrador e o publicitário não se importam com o conhecimento? É. Porque se qualquer um pode sair por aí sendo jornalista, eu posso muito bem devorar o Código Penal, ficar por dentro das leis e sair por aí advogando e fazendo licitações.


Realmente acredito que as grandes empresas irão preferir uma pessoa com diploma. Mas e as pequenas? Elas pagarão para um profissional ou um amador que pede bem menos pelo serviço?Ah vai. Se a filha do Gilmar Mendes fosse jornalista será que ele votaria contra?


A questão não é conhecimento e muito menos diploma. Afinal, não é exigido curso superior nem para o presidente da republica, né.

E viva a republica Tupiniquim: Desordem e Regresso.







sexta-feira, 12 de junho de 2009

Vodka. Muita vodka.

Digamos que o dia de hoje pode ter duas comparações. O mar e o poço.
Ou você se sente literalmente em um "mar de rosas" ( ganhando flores), ou no fundo do poço ( este sem mola ou elevador).

A verdade é a influência que este dia causa na vida das mulheres (desculpa garotos, mas sem dúvida alguma a gente sofre mais). Sempre imaginamos um buquê ou uma cesta de café da manhã chegando ao acordar. Um simples cartãozinho de um anonimo desses aí. Ou, até mesmo um Sonho de Valsa para fingir o efeito da propaganda comercial.

Tudo bem, não foi no período da manhã. Ah. Mas ainda tenho o dia inteiro_ você pensa. Então almoça e começa a se arrumar. Claro! O dia não está nem na metade e te prepara várias surpresas.

Uma, duas, três da tarde e a única pessoa que te ligou foi aquele carinha do banco tentando te convencer a fazer um cartão de crédito ( se ele soubesse que você já quebrou uns dois no mínimo, duvido que ligaria). Você já fez chapinha, depilou, e passou aquele esmalte vermelho MARA que lançou.

Aí começa uma mistura de ansiedade, raiva e nervosismo. Ansiedade faz comer chocolate e estragar a pontinha do esmalte. Descarta. Ah vai. Você não se arrumou a toa. Seja com ele, aquele ou o outro, você vai sair. Daí você decide sair com elas. ELAS. Suas amigas. Afinal de contas o que seria o Dia dos Namorados sem suas inseparáveis amigas?

Tinha que ser hoje para descobrir que a sua amiga , é , aquela que tomou capuccino com você semana passada começou a namorar com aquele carinha do bairro dela , ou que suas melhores amigas foram viajar e só voltam no domingo? É no desespero que você decide pensar sobre o convite feito por aquela colega da faculdade. Noite das Solteiras.

Apesar no nome nada criativo você vai se distrair, beber umas vodkas e dançar. Nada mal até você imaginar um monte de garotos bêbados tentando tirar alguma vantagem sobre a carencia de romantismo de nós, Pobre Garotas Solteiras em pleno dia dos namorados.
E cá pra nós, acho que estou um pouquinho velha e sem paciência para esses tipos de agitos.

Muito mais produtivo me interagir com a Lispector ou me divertir com o Noblat. Mas convenhamos que esse dia não acaba, hein? Trinta e duas horas no mínimo de duração. Preciso de uma dose de vodka. Tripla.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Pai, tá chegando?

Ansiedade é uma coisa complicada. Você está esperando loucamente. Muito. Por um momento que está no pretérito do futuro. Nem sabe como vai ser e está lá. Acabando com a francesinha da unha e comendo quilos e quilos de chocolate.

Esperar é um verbo desanimador. E você espera. o tempo todo. A vida toda. Espera algo que pode acontecer. E, o que acontece, geralmente, é algo inesperado.

Lá vem a sorte com seus sininhos entrando na nossa vida. Sem ser convidada, sem bater e sempre muito bem vinda.

A verdade é que nunca acreditei em sorte. Tá, algumas vezes. Mas nunca fui crédula nesse negócio. Nunca coloquei a mão no fogo por ela e nem arrisquei meu sofrido dinheirinho em algum desses jogos de loteria. Não conheço ninguém que tenha ganhado na Mega Sena, LotoFácil e nem Jogo do Bicho. Mesmo com aquela fila enorme na loteria me atrapalhando de chegar ao ponto do meu ônibus (taí, se realmente tivesse sorte, nem ônibus eu pegava).

Mentí. Conhecí um carinha que ganhou em um desses jogos de sorte. Fulano de tal. Idade tal. Era conhecido aqui no bairro por jogar todo dia. Várias vezes ao dia. Ganhou nem foi na Mega Sena, foi em uma dessas quinas, terceiras ou quartas da vida. O fato é que todos comentavam do fulaninho, da sorte que ele teve e do quanto valeu a pena esses anos todos acreditando e jogando.
Ah gente. Isso não é sorte. É persistencia. Oras!

Acontece que na minha porta, a sorte nunca bateu. Tá. Já achei nota de um real boiando na piscina. Ganhei muito no par ou ímpar e dois ou um. Mas no nosso querido Aurélio, isso não teria o significado de coincidência ou algo do tipo?

Se existe sorte, ela deve ter brigado feio comigo. Só pode. Nas poucas vezes que joguei bingo, cartela horizontal eu fazia vertical, e, na maioria das vezes, nem isso. No sorteio de um ingresso de teatro, nunca ganhava. Já o de fazer o discurso para os diretores, lá está aquele Patrícia todo em caixa alta no papelzinho dobrado.

Aquela frasesinha irônicamente dita quando alguém perde no truco não faz sentido algum. No jogo e no amor. Afinal. E quem tem azar nos dois?

Gente. Tudo que conquistei na vida foi igual ao Fulano de tal. Persistência, garra, trabalho, luta, espancamento. Tudo. Menos sorte. Ela até deu o ar da sua graça algumas vezes, mas a mágoa que ela guardou da nossa briga a fez parar por aí.

Estou tentando fazer as pazes. Juro. (afinal preciso mais dela que ela de mim), mas pelos meus precentimentos a sorte possui a personalidade da pessoa. E nesse caso eu estou perdida (para não dizer outra coisa). Ela não vai dar o braço a torcer. E é do tipo de fazer ceninhas e virar a cara.

O jeito é sair por aí. Dando socos ,chutes( acho que no meu caso até voadoras). Quem sabe um dia ela se rende e saímos por aí de mãos dadas, né. Persistência. Aprendí com aquele Fulano de tal.