Então. Digamos que mesmo mínima eu possuo uma certa experiência em cursos . Inglês, flauta, dois cursos trancados e um em curso.
É. Direito eu até gostava. Juro. Ainda tirava as melhores notas da sala. Mas o terninho diário e aquela formalidade toda tiravam meu tesão, além, claro, o fato do meu professor ser mais corrupto que o cliente dele.
Publicidade prefiro nem comentar porque entrei e saí dali sem saber exatamente a diferença entre folder, flyers e filipetas.
Ah tá. Esquecí da flauta. Acho que até hoje sei tocar a música do Titanic. Óbvio. Sem os Sibemois.
Eis que aparece a luz no fim do túnel e o jornalismo entra na minha vida. Assim, sem pedir licença nem nada.
Desde pequena eu gostava de ler. Acho que no começo poderia se trocar o verbo gostar pelo forçar. Melhor assim: Desde pequena eu era forçada a ler. Então. Minha tia professora descarregava aqueles trocentos livros aqui no meu quarto. Então era preferível eu ler e ganhar parabens que juntar e guardar aquela mini biblioteca toda e ainda ouvir bronca.
E foi assim que mesmo com a miopia e socos no estômago eu aprendí a gostar de ler. E gostei mesmo.
Entrei no curso de jornalismo. Nunca no começo do primeiro periodo eu sentí aquela coisa sabe. Aquela tal de vocação chamando. E o momento foi incrível. Ela me chamou. Fui até ela. Depois daquilo comecei a acreditar em amores a primeira vista. Nos abraçamos e a partir daí começamos uma linda história que duraria até,.. até. Até ontem,né! Com aquela maldita "filhadamãe" daquela lei.
Gente. Gente! Estou revoltada, amargurada, estressada e mais um monte de "ada" aí.
Tudo bem que a desculpa para abandonar o Direito foi falar pro meu pai que poderia até continuar, porém, que pinduraria o diploma na sala de estar para ele mostrar para todo mundo e só. Desde então nunca pensei que poderia voltar a falar do tal diploma. E desta vez, tão bem.
Como dizem uns aí o diploma realmente não é garantia de sucesso. Também concordo quando dizem que se as pessoas estivessem realmente preocupadas com o conhecimento nem ligariam para um simples canudo. Concordo. Concordamos. Mas então o advogado, o administrador e o publicitário não se importam com o conhecimento? É. Porque se qualquer um pode sair por aí sendo jornalista, eu posso muito bem devorar o Código Penal, ficar por dentro das leis e sair por aí advogando e fazendo licitações.
Realmente acredito que as grandes empresas irão preferir uma pessoa com diploma. Mas e as pequenas? Elas pagarão para um profissional ou um amador que pede bem menos pelo serviço?Ah vai. Se a filha do Gilmar Mendes fosse jornalista será que ele votaria contra?
A questão não é conhecimento e muito menos diploma. Afinal, não é exigido curso superior nem para o presidente da republica, né.
E viva a republica Tupiniquim: Desordem e Regresso.