sexta-feira, 17 de julho de 2009

Clube da Luluzinha ( 2ª parte)

Então. Parece que eu acordei, levantei da cama, pisquei o olho e crescí.
Que a Barbie criou vida própria e a futilidade despertou depois de anos em recolhimento. Ah vai. não que eu pareça com a Barbie, aliás meus quadris possuem muito mais centímetros que o dela. Mas é fato. Quando a gente brincava com a boneca vislumbrávamos nosso futuro. Tão certo como o soutiã de enchimento.


Não era aquele sentimento materno criado por bonequinhas de colo, chupeta, mamadeiras e afins. Era evolução. Casa, carros, namorados. A nossa vida futura, moderna e com bastante uso de hipérboles. Aliás. Quem é Susy para chegar perto.


A questão é a influência que a Barbie causa na vida das menininhas sonhadoras. Isso. Tipo o Walt Disney que nos fez acreditar em príncipes do cavalo branco e no felizes para sempre. Ninguém contou as horas de esteira e os quinhentos abdominais diários que a Barbie fez para conseguir aquele corpinho. Que ela deve ter tido várias crises com o Ken. Aliás, ela é orfã? Nunca ouvi falar na existencia do pai e da mãe dela. E, convenhamos, atualmente ela deve fazer diversas lipos e ser uma Madame Botox.*

O certo, é que ao contrário de jornais sensacionalistas, dessa vez, a gente compra a imagem perfeita. Mas estamos falando de nosso futuro. E quem não quer um futuro " a la Barbie"?



São 50 anos de companheirismo. A Barbie revolucionou os modelos de bonecas da época. A Barbie vota, trabalha, tem filhos. É um exemplo da jornada tripla da mulher. A futilidade e a vaidade excessiva influenciada é o de menos, se comparada a tudo que devemos a ela.
Afinal de contas, dieta, carrões e os melhores namorados não fazem mal a nenhuma mulher.


* Inspirado em madamebotox.blogspot.com . Blog da minha querida amiga, Marília Corradi.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

www.uni-vos.com.br


Então. Digamos que mesmo mínima eu possuo uma certa experiência em cursos . Inglês, flauta, dois cursos trancados e um em curso.

É. Direito eu até gostava. Juro. Ainda tirava as melhores notas da sala. Mas o terninho diário e aquela formalidade toda tiravam meu tesão, além, claro, o fato do meu professor ser mais corrupto que o cliente dele.

Publicidade prefiro nem comentar porque entrei e saí dali sem saber exatamente a diferença entre folder, flyers e filipetas.

Ah tá. Esquecí da flauta. Acho que até hoje sei tocar a música do Titanic. Óbvio. Sem os Sibemois.


Eis que aparece a luz no fim do túnel e o jornalismo entra na minha vida. Assim, sem pedir licença nem nada.

Desde pequena eu gostava de ler. Acho que no começo poderia se trocar o verbo gostar pelo forçar. Melhor assim: Desde pequena eu era forçada a ler. Então. Minha tia professora descarregava aqueles trocentos livros aqui no meu quarto. Então era preferível eu ler e ganhar parabens que juntar e guardar aquela mini biblioteca toda e ainda ouvir bronca.

E foi assim que mesmo com a miopia e socos no estômago eu aprendí a gostar de ler. E gostei mesmo.


Entrei no curso de jornalismo. Nunca no começo do primeiro periodo eu sentí aquela coisa sabe. Aquela tal de vocação chamando. E o momento foi incrível. Ela me chamou. Fui até ela. Depois daquilo comecei a acreditar em amores a primeira vista. Nos abraçamos e a partir daí começamos uma linda história que duraria até,.. até. Até ontem,né! Com aquela maldita "filhadamãe" daquela lei.


Gente. Gente! Estou revoltada, amargurada, estressada e mais um monte de "ada" aí.

Tudo bem que a desculpa para abandonar o Direito foi falar pro meu pai que poderia até continuar, porém, que pinduraria o diploma na sala de estar para ele mostrar para todo mundo e só. Desde então nunca pensei que poderia voltar a falar do tal diploma. E desta vez, tão bem.


Como dizem uns aí o diploma realmente não é garantia de sucesso. Também concordo quando dizem que se as pessoas estivessem realmente preocupadas com o conhecimento nem ligariam para um simples canudo. Concordo. Concordamos. Mas então o advogado, o administrador e o publicitário não se importam com o conhecimento? É. Porque se qualquer um pode sair por aí sendo jornalista, eu posso muito bem devorar o Código Penal, ficar por dentro das leis e sair por aí advogando e fazendo licitações.


Realmente acredito que as grandes empresas irão preferir uma pessoa com diploma. Mas e as pequenas? Elas pagarão para um profissional ou um amador que pede bem menos pelo serviço?Ah vai. Se a filha do Gilmar Mendes fosse jornalista será que ele votaria contra?


A questão não é conhecimento e muito menos diploma. Afinal, não é exigido curso superior nem para o presidente da republica, né.

E viva a republica Tupiniquim: Desordem e Regresso.







sexta-feira, 12 de junho de 2009

Vodka. Muita vodka.

Digamos que o dia de hoje pode ter duas comparações. O mar e o poço.
Ou você se sente literalmente em um "mar de rosas" ( ganhando flores), ou no fundo do poço ( este sem mola ou elevador).

A verdade é a influência que este dia causa na vida das mulheres (desculpa garotos, mas sem dúvida alguma a gente sofre mais). Sempre imaginamos um buquê ou uma cesta de café da manhã chegando ao acordar. Um simples cartãozinho de um anonimo desses aí. Ou, até mesmo um Sonho de Valsa para fingir o efeito da propaganda comercial.

Tudo bem, não foi no período da manhã. Ah. Mas ainda tenho o dia inteiro_ você pensa. Então almoça e começa a se arrumar. Claro! O dia não está nem na metade e te prepara várias surpresas.

Uma, duas, três da tarde e a única pessoa que te ligou foi aquele carinha do banco tentando te convencer a fazer um cartão de crédito ( se ele soubesse que você já quebrou uns dois no mínimo, duvido que ligaria). Você já fez chapinha, depilou, e passou aquele esmalte vermelho MARA que lançou.

Aí começa uma mistura de ansiedade, raiva e nervosismo. Ansiedade faz comer chocolate e estragar a pontinha do esmalte. Descarta. Ah vai. Você não se arrumou a toa. Seja com ele, aquele ou o outro, você vai sair. Daí você decide sair com elas. ELAS. Suas amigas. Afinal de contas o que seria o Dia dos Namorados sem suas inseparáveis amigas?

Tinha que ser hoje para descobrir que a sua amiga , é , aquela que tomou capuccino com você semana passada começou a namorar com aquele carinha do bairro dela , ou que suas melhores amigas foram viajar e só voltam no domingo? É no desespero que você decide pensar sobre o convite feito por aquela colega da faculdade. Noite das Solteiras.

Apesar no nome nada criativo você vai se distrair, beber umas vodkas e dançar. Nada mal até você imaginar um monte de garotos bêbados tentando tirar alguma vantagem sobre a carencia de romantismo de nós, Pobre Garotas Solteiras em pleno dia dos namorados.
E cá pra nós, acho que estou um pouquinho velha e sem paciência para esses tipos de agitos.

Muito mais produtivo me interagir com a Lispector ou me divertir com o Noblat. Mas convenhamos que esse dia não acaba, hein? Trinta e duas horas no mínimo de duração. Preciso de uma dose de vodka. Tripla.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Pai, tá chegando?

Ansiedade é uma coisa complicada. Você está esperando loucamente. Muito. Por um momento que está no pretérito do futuro. Nem sabe como vai ser e está lá. Acabando com a francesinha da unha e comendo quilos e quilos de chocolate.

Esperar é um verbo desanimador. E você espera. o tempo todo. A vida toda. Espera algo que pode acontecer. E, o que acontece, geralmente, é algo inesperado.

Lá vem a sorte com seus sininhos entrando na nossa vida. Sem ser convidada, sem bater e sempre muito bem vinda.

A verdade é que nunca acreditei em sorte. Tá, algumas vezes. Mas nunca fui crédula nesse negócio. Nunca coloquei a mão no fogo por ela e nem arrisquei meu sofrido dinheirinho em algum desses jogos de loteria. Não conheço ninguém que tenha ganhado na Mega Sena, LotoFácil e nem Jogo do Bicho. Mesmo com aquela fila enorme na loteria me atrapalhando de chegar ao ponto do meu ônibus (taí, se realmente tivesse sorte, nem ônibus eu pegava).

Mentí. Conhecí um carinha que ganhou em um desses jogos de sorte. Fulano de tal. Idade tal. Era conhecido aqui no bairro por jogar todo dia. Várias vezes ao dia. Ganhou nem foi na Mega Sena, foi em uma dessas quinas, terceiras ou quartas da vida. O fato é que todos comentavam do fulaninho, da sorte que ele teve e do quanto valeu a pena esses anos todos acreditando e jogando.
Ah gente. Isso não é sorte. É persistencia. Oras!

Acontece que na minha porta, a sorte nunca bateu. Tá. Já achei nota de um real boiando na piscina. Ganhei muito no par ou ímpar e dois ou um. Mas no nosso querido Aurélio, isso não teria o significado de coincidência ou algo do tipo?

Se existe sorte, ela deve ter brigado feio comigo. Só pode. Nas poucas vezes que joguei bingo, cartela horizontal eu fazia vertical, e, na maioria das vezes, nem isso. No sorteio de um ingresso de teatro, nunca ganhava. Já o de fazer o discurso para os diretores, lá está aquele Patrícia todo em caixa alta no papelzinho dobrado.

Aquela frasesinha irônicamente dita quando alguém perde no truco não faz sentido algum. No jogo e no amor. Afinal. E quem tem azar nos dois?

Gente. Tudo que conquistei na vida foi igual ao Fulano de tal. Persistência, garra, trabalho, luta, espancamento. Tudo. Menos sorte. Ela até deu o ar da sua graça algumas vezes, mas a mágoa que ela guardou da nossa briga a fez parar por aí.

Estou tentando fazer as pazes. Juro. (afinal preciso mais dela que ela de mim), mas pelos meus precentimentos a sorte possui a personalidade da pessoa. E nesse caso eu estou perdida (para não dizer outra coisa). Ela não vai dar o braço a torcer. E é do tipo de fazer ceninhas e virar a cara.

O jeito é sair por aí. Dando socos ,chutes( acho que no meu caso até voadoras). Quem sabe um dia ela se rende e saímos por aí de mãos dadas, né. Persistência. Aprendí com aquele Fulano de tal.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mola - Maluca

Me encontro em uma encruzilhada. Isso. Tipo no War quando você conquista a Europa Central e vem Europa Ocidental e Oriental mais a Península Itálica te bombardear com trocentos exércitos.

A verdade é que eu tenho uma tendência irrecuperável de ir para o lado mais fácil ( é, já desistí) e praticidade para mim nada mais é que um comodismo camuflado.
Gente. Só queria voltar a pintar a unha com esmalte vermelho. Será que isso é pedir muito?

Não tenho dom, não é minha cara. Cansei de brigar contra a natureza. Vermelho, verde e azul escuro definitivamente não estão entre minhas cores favoritas. Sempre preferí cores mais opacas e discretas. Ajoelhar só se for na igreja e explicar uma coisa que está lá escrita e especificada é muito até para os meus ápices de paciência.

Então vem uma escala com segunda e quarta. A pergunta é _ O que se faz em Belo Horizonte numa segunda feira? Porque quarta ainda tem o cinema mais barato. Sexta e sábado viraram meus rivais e, domingo. Ah, esse é meu inimigo mortal.

O grito de guerra ninguém canta mais. Ninguém pede mais coca. O chopp fica empreguinado na roupa assim como a framboesa. Porém, esta,nem faz diferença naquele vermelho tomate. Cansei de cicatrizes, e, rosca para mim sempre foi uma massa caseira com açucar em cima. E só.

Minha especialidade sempre foi fazer cara de paisagem.( aprendí direitinho com a professora de Psicologia) ,porém, daqui a pouco minha mandíbula cai. Sorriso forçado deforma o rosto ( já ouví isso em algum lugar) e digamos que esses anos de cuidados com os meus dentes não foram para esse fim.

A verdade é que cansei. Das musicas, do ambiente e até de algumas pessoas. Por incrível que pareça. E, com essa tal gripe suína, os frangos ( coitadinhos) vão ser mais depenados ainda ( se é que tem jeito).

Por outro lado só vejo as boletas. Uma, duas, quatro. Eu acho. As vozes do meu pai ecoam na minha cabeça perguntando que horas vou voltar e com quem vou além de um obrigado pelo dinheiro emprestado. As desculpas pelas faltas na faculdade vão acabar. Depois de anos pegarei num Bombril novamente e terei tempo para abolir o microondas da minha vida. Ai. Panico!

Acho que a África Setentrional está chegando. Já colocou até cavalaria. Óh céus.

Então vou levando. Assim, dessa maneira meio prática, cômoda ou sei lá como. Na duvida se ataco , se defendo, ou principalmente. Se empurro todas as pecinhas estraçalhando soldados, dados , cavalos e saio do jogo. Definitivamente.

As opções de esmaltes vermelhos estão cada vez maiores.
Sem mais.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Pobre bichinho de trombas.


Se você é uma pessoa que sofre, vamos dizer assim ,uma suposta (ou imposta) discriminação sobre memória, falta de percepção ou alguns (ou vários) ápices de esquecimento. Bem vindo ao clube.


Sim, somos chamados grotescamente de lerdos, sonsos, desatentos. E mais carinhosamente usando esses mesmos termos no diminutivo _ lerdinho, sonsinho e por aí vai. O que dá na mesma, porém, soa mais delicado.

O que acontece é que temos memória seletiva e é fato. Só lembramos o que achamos conveniente lembrar.


O que, em princípio pode ser encarado como uma grave deficiência do sistema nervoso, se torna uma dádiva. Não se encontra definição em dicionários ou qualquer livro da gênese humana , mas me arrisco a dizer que sem esses providenciais esquecimentos o ser humano não conseguiria chegar até aqui.


A verdade é que vivemos a reclamar ( e como!), quando deixamos a chave do carro na loja do shopping, esquecemos de colocar a manteiga na lista do supermercado ou quando deixamos o dinheiro do cigarro na outra bolsa. Agora, já imaginou de lembrassemos de absolutamente tudo? O que seria de nós sem as valiosas lacunas propiciadas pelos lapços de memória?


Essa nossa vidinha de cidade grande em sociedade só é viavél porque esquecemos de quase tudo. Quase o tempo todo.

Para que se lembrar daquela apresentação de dança no auditório do colegio na sexta serie, daquele tombo em plena Afonso Pena uma hora da tarde, daquele fora bem no dia dos namorados?

Afinal a quem seriam indispensáveis quando aquela bola no meio de centenas de pessoas escolheu bem a sua cara para bater no jogo de volei ou aquela franjinha que sua mãe cortava bem no meio da testa quando você tinha sete anos?


Essa vaguidão da memória aparece como uma proteção. Fazem com que determinados acontecimentos tenham contornos um pouco menos dolorosos que são criados a partir do nosso instinto de preservação para que sigamos em frente com o que sobrou da auto estima.


Viva. Temos memória seletiva.

Agora, imagina o elefante. Não esquece de nada, nem um minutinho sequer. Lembra de tudo, o tempo todo. Coitado.


quinta-feira, 30 de abril de 2009

Quem,eu?


E nós já nascemos monitorados. Aquele maldito ultrasson não nos deixa em paz nem pra desfrutar os confortos daquela barrigona inteirinha pra gente. E lá vamos nós fazer caras, poses e bocas pro papai e a mamae ver e falarem _ ah! que gracinha.


Então a gente nasce. Aquela choradeira danada. O primeiro presente é uma pulseirinha de pulso com um numero, a mamãe tá usando uma igualzinha. Saimos do hospital e sem pedir nosso consentimento já escolhem os nossos nomes e as cores das roupas que usaremos. E a sorte tem seu primeiro papel na nossa vida.( Ainda não conheci ninguem que tenha trocado de nome).Bom, a sorte é lançada e a gente vai crescendo. Assim, com temas de aniversário da Cinderela, Tres porquinhos e Branca de Neve. Com aquele tanto de flashes na nossa cara e não conseguindo soprar todas as velhinhas do bolo.


Daí somos obrigados a ir pra escolinha. Acordar cedo. Perder a sessão de desenhos e ainda por cima fazer dever de casa. Isso fora os corais, jograis,teatrinhos e apresentações obrigatórias. Ser Rainha da Pipoca ou Rei do Amendoim. Vender aquele tantão de rifas que só os nossos parentes compram.

Depois nós ja conseguimos fazer nossa liçao sozinhos. Já temos consciencia( isso eles dizem) de tomar conta de nós mesmos e o mérito da estrelinha do ditado é toda nossa.Já podemos ir a padaria sozinhos. Mas lógico. Com o papai observando do outro lado da rua.


Só que chega um dia que a gente cresce. E cresce mesmo. Aí pensamos_ Yes. Agora sim vou tomar conta do meu próprio umbigo, pensar por mim mesmo e todos esses clichês egocêntricos. Você não precisa dar satisfação a ninguém. E eis que surge "um sonho de liberdade"

Mera ilusao, meu caro.


Se você não apaga seus scraps hora depois tá todo mundo sabendo onde você esta, foi mês passado ou irá amanha. Não pode nem fingir que não viu uma ligação porque lá está ela gravada no seu celular. Sai escondido e semana que vem está lá, sua foto postada naquele site de eventos. Não pode nem sair a rua sem ter aquelas milhares de camerazinhas de segurança te filmando e você nem sabe. Pior. Nem autorização te pediram. É, daí seu lindo sonho cai do cavalo, das nuvens, da roda gigante.


Deixou de dar satisfação pros seus pais ( com muito custo) e agora tem que dar ao mundo todo. Todo mundo. Ah vai. E isso é muito chato.

Você pode até tentar driblar não fazendo ou desfazendo Orkut, porém, é um vicio. E só quem bebe, fuma ou joga sabe como é dificil se livrar de um. Além do mais existe e-mail, msn , celular, blog e até Twitter. Tudo bem que você não vai morrer sem eles, só precisa fazer uma escolha _ ou você e o mundo ou você e sua privacidade. E convenhamos que é preciso ter muita auto estima pra deixar o mundo de lado.

No mais, "sorria, você está sendo filmado" .



quinta-feira, 16 de abril de 2009

Clube da Luluzinha


Olá meninas.

Vou falar do objeto que mais falta nos dias de hoje: homens.

Comprovado por experiência própria (e de no mínimo umas 12 amigas) que durante um período de dez anos nunca esse objeto atingiu esse nível de escassez. Mas estou falando de Homem, com h maísculo,não uns seres camuflados ou genéricos. De pirataria já bastam os CDs e DVDs que a gente compra. E eu compro mesmo. Já viram o absurdo do preço de um DVD original?

Bom, voltando a enfocar o objeto escasso, todas nós sabemos que em Belo Horizonte a mulherada tá que tá. Sobra,transborda .Igualdade não existe aqui, 3 a 0 pro sexo feminino.É ,o mercado não está bom pra gente. Fato.

Mas calma meninas. Acho que o problema está com eles. Homens tem um sério problema em assumir compromissos.A palavra namoro soa como uma algema ou um adeus ao futebol. Já os que assumem não conseguem lidar com isso e viram grudes, gomas ou algum sinônimo de chiclete. Daí causa ânsia, enjoo e a gente é obrigada a jogar fora.

Um dia você encontra um cara lindo (o príncipe do cavalo branco),ficam, trocam telefones,msn e todos esses meios de comunicação atuais. Marcam de sair. Você o chama pro aniversário de um primo em algum barzinho aí. O conto de fadas perfeito desmorona quando o tal principe nao abre a boca, e, quando abre você praticamente esconde debaixo da toalha da mesa. Porra. O cara curte funk, aqueles pancadões cheio de tchuchucas e purpurinadas.Pergunta quem é Chico Buarque e convida pra uma saideira com a bandinha de pagode do irmao dele? Ah vai. Vocês se despedem e incrivelmente por causa do trabalho do seu pai você terá que se mudar pra India. ( Primeiro lugar que você pensa pela influencia da novela). Adeus príncipe. E lá se vai mais um.

Sem desânimo. Por favor.

Existem vários tipos que a gente encontra por aí. Tem aquele que te liga sempre.Nem que seja pra perguntar como está a faculdade, se hoje vai fazer sol ou se há perigo de chuva. Está sempre te elogiando.O que não falta são elogios. Tudo bem que você na maioria das vezes não atende e pede pra sua mãe pra dar qualquer desculpa. Mas esse tipinho não é só um mala.Poxa. Ele diz que você é linda mesmo quando você esta se sentindo a mais feia e gorda das criaturas. Te conta a previsão do tempo e ainda sempre que "você" quizer vai poder ter um programinha pro sábado a noite.Esse tipo serve pra deixar seu ego lá em cima.

Existe também aquele virtual. Está sempre no msn te dando conselhos, vocês sempre combinam de sair ,manda no mínimo dois scraps por dia no orkut e te liga de vez enquando. O problema é que você não consegue enxergá-lo sem ser na tela do computador e sem ouvir os 'plim plins" do msn. É virtual. E você não o imagina de outra forma. Esse tipo serve pra substituir uma amiga confidente. Está sempre ali, só mudar o status para online.

Tem também aquele pior tipo. Aquele idiota, estúpido,egoísta pelo qual você é apaixonada. Ele é lindo, inteligente, conhece sua mãe, se dá super bem com seu pai. Perfeito. Você só precisa achar defeitos para essa perfeição,nem que sejam imaginários, se não estiver a fim de se infiltrar em plástico bolha por toda a sua existência. É, com ele vale o uso de hipérboles.

Existe outro tipo que é o papai noel. O carinha acha que te enxendo de presntes vai ter alguma chance com você.Eu sei. Sabemos que você não é aproveitadora e nem comprável. Mas convenhamos. Você também o está presenteando com o ar da sua graça.Favores e presentes trocados.E lembra daquela calça jeans da Diesel que você viu na vitrine ontem?

O tipo mais comum deles é aquele que você fica.É. E só fica. Vocês saem ,se divertem.Ficam semanas sem se verem. Encontram outra vez e por aí vai.Vocês só não namoram. Ah vai. Você não se imagna namorando com ele. Ele também não. A famosa amizade colorida. Afinal, colocar uma corzinha na sua vida amorosa cinzenta as vezes faz bem. Esse tipo é como um passa tempo. Você nunca está sozinha.

O último é aquele antigo amor platônico (acontece muito entre familiares),o cara é lindo,inteligente,passou em medicina na Federal, tem seu próprio consultório, é um gentleman daqueles de abrir a porta do carro e puxar a cadeira pra você sentar.O único probleminha é que você pra ele é a priminha mimada ou a sobrinha que ele carregou no colo.Ele não te vê como você o vê. Você é uma gracinha. E só. Esse tipo serve pra você sentir alguma coisa. Nem que seja sofrimento.Mas você vai ter alguma coisa no seu gelado coraçãozinho. Só não vale deixá-lo se apaixonar por você. Porque daí o amor platônico acaba.E droga. Perde toda a graça.


Queridas amigas. O problema não somos nós. São eles. Nós fazemos nossa parte.Você tenta entender o sagrado futebol de domingo Dele. Faz um esforço absurdo pra deixá-lo sair toda quinta com aqueles idiotas dos amigos Dele. Faz escova, unha, depila, se maqueia,compra aquela roupa linda pra sair com Ele. Lembra de todas as datas que marcaram o relacionamento de vocês. Sorrí para aquela amiga gostosa Dele. Dedica todo final de semana pra Ele . Ah vai, E o problema está com a gente?

Meninas, a gente merece muito mais! Portanto,você que está aí em plena quinta feira a noite se martirizando por estar sozinha e solteira pense que você é coisa demais e usando o velho clichê "muita areia pro caminhaozinho deles". Só não vale desanimar. Um dia a gente encontra o verdadeiro principe do cavalo branco.

E lembre-se que as industrias estão fabricando cada vez mais tipos de chocolates...




terça-feira, 14 de abril de 2009

Voltei.



Sabe aquele famoso preto ou branco? Não consigo ver tonalidades de cinza , não consigo ver os "se's" dos outros. Só os meus ,e já é o bastante.


Vivendo e ficando mais egoísta . Sustentar meu ego já é um fardo bem pesado e me ocupa muito tempo . Sem paciência e saco pra pensar em outra coisa fora o meu próprio umbigo.


_ E assim caminha a humanidade _ como diz Lulu.


Tenho tentado me entender. Juro. Olho lá dentro, no fundo. Bem no fundo .Passo por artérias,confiro ossos,calculo batimentos cardíacos ,verifico pulsação. Enfim, me justifico.Me consolo. O problema é lá em cima. Concordo. Bem lá em cima onde se encontra freixes de axónios envolvidos em mielina.


Queria começar um blog sério, interessante , útil (nem que seja para passar horas inertes),postando jornalismo e suas variadas formas. Começando cada matéria com um lead diferente (usaria até mesmo o conceitual para treino) abusaria de metáforas ,excluiria os clichês e controlaria os caracteres. Mas não. Saio de um fotolog egocêntrico e cor de rosa que nada mais era que uma forma de publicar fotos e alimentar crises temperamentais. Crio um blog e aquela sabe? Continua com um blog com cara de flog _ já sem tom de rosa _ ( evolução) ,porém, em tons pasteis .Com as mesmas linguagens não verbais, com o mesmo temperamento e o mesmo egoísmo.